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GLP: O que é, qual a composição química e fórmula molecular do gás

O GLP é o nome dado à maioria dos gases utilizados em residências e comércios.

 

Sim, isso significa que o gás que você utiliza em sua residência, popularmente chamado de gás de cozinha, é o próprio GLP.

 

Mas o que você realmente sabe sobre esse gás?

 

Aprenda a seguir o que é o GLP, sua origem, composição química, fórmula molecular e algumas dicas!

O que é GLP?

Os Gases Liquefeitos de Petróleo (GLP) são compostos orgânicos chamados de hidrocarbonetos, constituídos de Carbono e Hidrogênio.

 

Na composição do GLP, entram hidrocarbonetos dos quais os principais são: butano, propano, isobutano, propeno e buteno.

 

O gás é utilizado em toda a extensão territorial do país por não necessitar de instalação complexa ou distribuição centralizada, como dutos e outras infraestruturas para instalação.

 

Ele é comumente armazenado nos famosos botijões de gás e em cilindros, quando em maior volume.

 

Ele tem diversas aplicações, que vão desde fornos até chuveiros, tendo grande valor prático e eficiente para restaurantes, residências e estabelecimentos em geral.

Características do GLP

O nome “liquefeito”, presente na sigla, não está lá à toa. Ele descreve uma característica marcante desse gás, que, devido à pressão exercida pelos recipientes que o armazenam, adquire forma líquida.

Um fato curioso sobre o GLP é que ele não expele nenhum cheiro, ou seja, é inodoro. Porém, sabendo que sem o cheiro não seríamos capazes de identificar vazamentos, é adicionado o enxofre mercaptídico (basta 1 gota por litro de gás), um composto que tem como função atribuir cheiro ao gás.

 

Dessa forma, conseguimos identificar vazamentos com maior rapidez, colaborando para a prevenção de acidentes.

 

Por fim, é importante ter consciência de que o gás LP é responsivo, ou seja, sua energia resultante é menos prejudicial ao meio ambiente e atóxica.

 

A RESOLUÇÃO Nº 825, DE 28 DE AGOSTO DE 2020 da Agência Nacional de Petróleo (ANP), dispõe sobre a especificação e o controle da qualidade dos gases liquefeitos de petróleo – GLP comercializados pelos agentes econômicos no território nacional.

Características químicas do GLP

Poder Dissolvente

Os gases liquefeitos de petróleo no estado líquido são solventes de borracha natural, graxa, etc, com especial referência ao propano, que possui um poder de penetração muito maior.

No estado gasoso, dissolvem apenas parcialmente aquelas substâncias. As borrachas sintéticas (Neoprene), não sendo atacadas e resistindo satisfatoriamente aos gases liquefeitos de petróleo, são normalmente utilizadas nos equipamentos para GLP.

Toxidade

Grau de insalibridade não considerado por ser asfixiante simples (Pag. 38, item 1.2 do MANUAL DE TOXICOLOGIA DO REFINO DE PETROLEO Eng. Roberto Charles Silva Goes. 2º Edição).

Risco à saude

Não é tóxico. Possui efeito asfixiante (NR 15 do Ministério do trabalho). Asfixiante simples quando considerado em altas concentrações (Pag. 53, item 4 do MANUAL DE PRODUTOS QUÍMICOS DA PETROBRAS – RISCOS OCUPACIONAIS).

Poluição

O Gás LP não polui o solo dos rios, igarapés ou corpos hídricos das regiões onde ele é consumido ou transportado.

Odor

Enxofre mercaptídico em proporção de aproximadamente 0,0015 g/m³.

Propriedades do GLP

Peso Específico na Fase Vapor

PROPANO …………………………………………. 1,522

N-BUTANO ………………………………………… 2,0008

PROPANO-BUTANO ……………………………. 1,760(Kg/m3)

Volume Específico

Para o PROPANO: Temperatura de 15,50ºC o volume específico líquido = 1,9665 m3/t. Temperatura de 50,0ºC volume específico líquido = 2,210 m3/t. Incremento de 12% em volume para deltas de temperatura de 34,5ºC. Para o BUTANO Temperatura de 15,5ºC Volume específico líquido = 1,712 m3/t Temperatura de 5ºC.

Poder Calorífico Superior

Para o PROPANO: Temperatura de 15,50ºC o volume específico líquido = 1,9665 m3/t. Temperatura de 50,0ºC Volume específico líquido = 2,210 m3/t. Incremento de 12 % em volume para deltas de temperatura de 34,5ºC.

Poder Calorífico Inferior

Propano …………………………………………. 11.000 Kcal/Kg = 21.100 Kcal/m3

n-Butano ………………………………………… 11.000 Kcal/Kg = 26.500 Kcal/m3

Calor Latente de Evaporação

Temperatura 40ºF Propano = 89,05 Kcal/Kg n-Butano = 91,0 Kcal/Kg. Temperatura 100ºF Propano = 75,33 Kcal/Kg n-Butano = 83,61 Kcal/Kg.

Ponto de Fusão

(p = 760 mm de Hg) Propano ………….. – 187,7ºC

n-Butano ………………………………………… – 138,3ºC

Ponto de Ebulição

(p = 760 mm de Hg) Propano…………… – 42,1ºC

n-Butano ………………………………………… – 0,5ºC

Temperatura de Auto-Ignição

(com ar) Propano ……………………………… 480ºC

n-Butano …………………………………………… 420ºC

Temperatura Crítica

Propano ……………………………………. 206,2ºF ( 96,8ºC )

n-Butano …………………………………… 305,6ºF ( 152,0ºC )

Calor Latente de Evaporação

Propano …………………………………….. 617 lbs/pol2 = 42 kg/cm2

n-Butano ……………………………………. 551 lbs/pol2 = 37,5 kg/cm2

Temperatura de Chama

Gás/Ar Propano 1925 ºC n-Butano 1895 ºC Gás/Oxigênio Propano 2820 ºC n-Butano 2820 ºC.

Temperatura de Liquefação

Propano ………………………………………. – 43ºC

Butano ………………………………………… – 11ºC

Pressão de Vapor

(a 37,2 ºC) Propano ……………………… 12,93

atm Butano  …………………………………. 03,51 atm

Ponto de Solidificação

(a 1 atm) Propano …………………………. -188ºC

Butano ………………………………………….. -139ºC

Limites de Inflamabilidade

Propano ……………………………………….. 2,37 % ( Inferior ) 9,50 % (Superior)

Butano …………………………………………. 1,86 % ( Inferior ) 8,41 % (Superior)